sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Ser sempre o melhor

Nem sempre ser o melhor no que se faz é o ideal. Espera aí: eu escrevi isso mesmo? Sim! 
E explico porque: Ser o melhor, a referência no que se faz, ser o "the best" tem um alto preço. Atualizações constantes, muito muito trabalho, pouco tempo para si e para sua família, sem falar nas críticas e quem nem todo mundo estará disposto a aceitar que você realmente seja o melhor (vulgarmente conhecido como inveja).
Porque simplesmente não podemos ser bons no que fazemos? porque não podemos nos contentar em fazer bem nosso trabalho, ao invés de sempre termos que competir para ser os melhores?
A nossa sociedade exige que as pessoas deem 100% de si para seus trabalhos. Mas o que sobra para si e suas necessidades? Nada. E aí é que vem o problema. Sem tempo para si ou para quem você ama, você acaba sozinho, mas com muito sucesso. É isso mesmo que você quer? Tem gente que diria que sim e que é possível ter vida e ser bem sucedido. Só se for em outro país. Não aqui. Onde as jornadas de trabalho normais ultrapassam 9h diárias, onde por mais que se faça, a maioria não recebe reconhecimento, onde o salário nunca atinge o nível de esforço que você fez para chegar aquele cargo.
Infelizmente é assim. Pelo menos aqui no Brasil. Em outros países, temos jornadas mais curtas, licenças-maternidades mais longas, salários maiores e maior reconhecimento profissional. Infelizmente ainda não chegamos neste nível aqui no Brasil.
Então você deve se perguntar: quero mesmo ser "O MELHOR" e, chegar ao fim da vida, rico (possivelmente não, mas você vai tentar), sozinho e sem saúde (porque você vai gasta-la toda obtendo o tal sucesso profissional), ou ter uma vida boa, tranquila, sem tudo o que você gostaria de ter, mas tendo família, um pouco de saúde?
Não estou dizendo que você não deve fazer o seu melhor. Claro que deve. Entretanto, deve também reservar tempo para cuidar de si, sua saúde, descanso, passear e cuidar de quem ama.. Sem isso, sua vida será vazia e razão de ser. 
No atual cenário que vivemos hoje, ninguém, absolutamente ninguém tem emprego garantido. Então, ser o melhor, não vai garantir seu emprego. Já vi uma empresa que trabalhei dispensar um dos melhores empregados que tinha, por que seu salário era muito alto e, apesar de seus 25 anos de trabalho, isso não impediu de ser dispensado sem honras.
Pense bem no que você quer e quais são suas prioridades. Ainda há tempo. Você pode ser feliz, trabalhar, sem bom no que faz, e ter um pouco de tempo para tudo que te importa.
Mas só se você começar a se analisar agora.
Até a próxima.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Começar e Recomeçar

"Que todos os dias você possa ter uma mente nova, para fazer da sua história uma nova história."Augusto Curi

Começo este texto refletindo sobre esta frase. Como podemos falar em ano novo sem mudar nossos hábitos, nossa forma de pensar? Como podemos nos atraver em fazer planos no final do ano se não temos a intenção de mudar para alcança-los? 
E precisamos nos mudar primeiro antes de querer mudar os outros. Aliás sobre isso, o vídeo abaixo é muito definitivo e correto: Não podemos mudar ninguém. A pessoa só muda quando ela decide fazê-lo. E sabendo disso, de verdade, podemos nos tranquilizar e, de alguma forma, nos conformar, conscientes de que a pessoa só aceita conselhos se quiser, que ela só irá mudar quando notar que isso será bom para si mesma.
Voltando a falar de nossas vidas. E voltando a falar de ano novo. Todo ano é a mesma coisa. Reclamações e mais reclamações. Sobre tudo: Economia, família, filhos, trabalho, contas..
Mas como podemos ser tão reclamões? Quantas vezes nos pegamos dizendo frases como: "Como a economia está ruim. Como meus filhos são arteiros. Que saco ter que trabalhar cedo todos os dias. Que comida sem gosto (ou ruim). Ninguém merece ter que acordar cedo no final de semana. Etc, etc, etc..." E se ao invés disso, agradecêssemos mais? Por que não trocamos aquelas frases por outras mais positivas, como: "A economia pode não estar boa, mas eu farei meu dia melhor possível. Meus filhos são arteiros por que são felizes e saudáveis, graças a Deus (criança doente não faz arte). Graças a Deus que tenho trabalho. Graças a Deus que tenho comida na minha mesa. Graças a Deus que tenho uma cama para dormir e saúde para acordar a hora que precisar." 
E você pode se perguntar: E se eu não conseguir? E se hoje eu estiver de mau humor e não conseguir fazer isso? Não se culpe. Isso é do ser humano. O único perfeito é Jesus. Nós somos falhos. Temos dias em que acertamos mais, outros menos, outros nem acertamos. Mas Deus sempre nos dá um novo dia para recomeçar. E tentar acertar de novo. E cada dia tentar ser melhor. E se não der, no dia seguinte você recomeça. Ame-se com seus defeitos e suas qualidades. Procure dentro de você suas qualidades e diga para si mesmo: "eu sou boa nisso, ou eu faço bem aquilo". Não se desvalorize. Ame-se. Cuide-se. A cada dia que amanhece é uma nova oportunidade para você fazer diferente. Por em prática seus planos. Aquela academia que você vinha adiando, o curso de culinária que você tanto queria, o curso de inglês que pode mudar sua carreira, se declarar para quem ama.. Tudo isso pode ser muito difícil de começar e de continuar fazendo. Mas a persistência e, alcançar o objetivo no final, proporciona uma sensação maravilhosa. Para isso, é preciso ter uma mente aberta. Aberta, no sentido de que nem sempre você se sairá bem, mas isso não significa que você precise desistir no primeiro obstáculo, no primeiro fracasso. Reinicie sua mente todos os dias. Programe-se para enfrentar os desafios com coragem e positividade.
Só assim podemos falar que nosso ano será novo, porque nós seremos pessoas novas e melhores. Ou tentaremos ser.
Até a próxima


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

A graça das coisas

Vivemos num mundo tão sério, sempre rodeados de notícias importantes sobre economia, clima, segurança, política, sempre tão envolvidos em nossos trabalhos e rotinas que esquecemos de rir.
Rir de nós. Rir de nossos erros. Achar graça em algumas pequenas travessuras dos filhos ao invés de sempre repreendê-los com rigor (isso deve ser feito sim, não estou dizendo que não devemos corrigir os filhos, mas precisamos mesmo brigar e colocar de castigo sempre?), achar graça quando o carro estraga no meio de um passeio, forçando a volta pra casa e tantas outras situações que levamos sempre tão a sério. Quem nunca ouviu aquela frase "quanto mais tu te incomoda com o apelido, mais ele pega". Com os problemas é bem assim também. Quanto mais os valorizamos, piores eles ficam. Tornam-se maiores do que devem.

E se quando você ver sua filha ou filho espalhando seu creme de rosto caro pela janela da sala (aconteceu comigo) vc rir, explicar que é errado, mas não se estressar tanto. Tentar ver as situações com mais leveza. Neste caso do creme, por exemplo, minha filha achou que estava fazendo uma grande coisa! e já tinha passado nela mesma e na boneca que estava com ela.. E ainda olhava e apontava pra janela da sala dizendo: "papai, arte eu fiz".. como não rir..

Somos criados para sermos sérios e levar tudo a sério. As exigências de nosso mundo são tantas. Desde cedo criamos nossos filhos e fomos criados para sermos os melhores. Para isso os colocamos nas melhores escolas, em várias atividades extras, garantindo que eles aprendam de tudo e assim, tenham as melhores oportunidades no futuro. Mas esquecemos que podemos aprender muito com eles. Vocês já notaram como eles fazem as pazes com um amiguinho muito rapidamente após se desentenderem? Vocês já notaram como eles se enturmam rápido com novas crianças ou como eles tão facilmente acham graça das situações mais cotidianas? Pois é. Assim são as crianças. Vejo tudo isso em minha filha. E penso: Ela, em sua inocência, alegria e inteligência é muito mais feliz que eu, com toda minha seriedade e preocupações de um adulto normal.
Espero que um dia eu e todos que leiam este texto, possam ser mais leves, menos estressados, menos ansiosos e assim, passar tudo isso para nossos filhos, para que eles tenham boas recordações de sua infância com nós. De pais que eram parceiros para rir, brincar, que educavam mas que valorizavam os pequenos momentos juntos.
Até a próxima.