quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Amar um filho

Amar um filho é o sentimento mais completo de todos.
Ele engloba carinho, proteção, educação, moral, espiritualidade, renúncia e entrega.
Quando eles nascem, somos tomados por todos estes sentimentos. Queremos dar tudo de nós para que estes pequeninos cresçam sabendo que são amados e que podem contar conosco.
Mas criar um filho é um desafio diário. Eles testam nossa paciência e nossa capacidade de educa-los. Nos forçam a mudar nossos maus hábitos para que eles tenham o melhor exemplo possível (e este é o melhor ensinamento que podemos dar).
Eles crescem muito rápido. Muito mesmo. Ficamos tão envoltos em nosso louca rotina do dia-a-dia: trabalho-contas a pagar-casa-escola-família que perdemos as pequenas conquistas. As escolinhas acabam vivenciando tudo isso por nós: primeiras palavras, primeiros passos, a troca do leite pelo alimento sólido, a fase de falar tudo e não entendermos quase nada, as primeiras frases que fazem sentido, o desfralde..
Tudo isso é tão importante. Mas nós estamos perdendo. Nossa sociedade moderna nos impões padrões que a maioria de nós não tem como alcançar: ser excelentes pais, bem sucedidos profissionalmente, lindos, magros, bem vestidos (e tudo ao mesmo tempo de preferência).. e toda esta pressão impacta em nossas crianças.
Muitas vezes nossos filhos preferem presentes para usarem sozinhos, como tablets, celulares e vídeo games, do que uma festa onde poderiam confraternizar com parentes e amigos.
Muito disso é reflexo de nossa relação com eles: nunca temos tempo para eles. Tempo de qualidade para brincar, desenhar, escuta-los.
As mãe que, como eu, optam por não trabalharem para curtir estes momentos com os filhos são as mais corajosas. Sei que muitas não tem opção. Necessitam trabalhar para sustentar suas famílias. Estas eu admiro por sua garra e sua determinação. À elas, meus parabéns e que nunca lhes falte força.
Mas eu falo das mães que poderiam fazê-lo e não fazem. Que preferem seguir o ritmo da sociedade.
As mães que ficam em casa não. Elas estão indo na contramão. Preferem os filhos do que a si mesmas. Sabem que este tempo será um investimento no bem estar dos seus filhos. Sabem que o período em que eles precisam de nós é tão curto frente a expectativa de vida de um brasileiro. Sabem que é um tempo que não volta. Que quando eles forem adultos você terá tempo de sobra para fazer o que bem quiser e sentirá falta dos momentos não passados com os filhos.
Os pais também estão mais participativos e, orgulhosamente, posso dizer que este número é cada vez maior. Eles estão entendendo sua importância na formação de educação, moral e caráter dos seus filhos. Os que ainda não participam, estão perdendo a melhor experiência de suas vidas (parafraseando Marcos Piangers). Considero isso uma vitória. Não nossa, como mães, mas das nossas crianças.
Tenho cada dia mais certeza que crianças bem cuidadas, bem amadas, serão adultos mais confiantes, mais determinados e com mais capacidade de amar.
Que possamos cada vez mais por em prática a frase :"Se não conseguirmos deixar um mundo melhor para nossos filhos, que deixemos filhos melhores para o nosso mundo".
Até a próxima